Surge então um canto
Canto este que ecoa pelos vales sombrios
Que flui como um rio
Que invade o negrume da escuridão
Que toca a alma, que enche o coração.
Canto que traz esperança
Que brilha como um sorriso de criança
Traz luz
Faz a diferença dentre tantas emoções
Que toca a alma, que enche os corações
Canto evocado de tantos interiores aflitos
Rasga o profundo, sangra o íntimo
Lava a alma, mas os que ouvem não atendem
Fingem-se surdos, cegos e paralíticos
Então morre-se o canto
Perdeu sua força, perdeu sua voz
Foi morrer junto a uma foz
Triste, faminto, sem nós
É guardado
Na gaveta do desgosto
No palco solitário
Esperando a resureição
Esperando alguém que escute sua canção.
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